A Bíblia


Porque existem Bíblias com 66 livros e Bíblias com 72. A Bíblia não é uma só?

Uma das primeiras coisas que acontece na vida de alguém que começa a se interessar por Deus, é que ela passa a ser despertada para um desejo sincero e profundo de conhecer a Bíblia. Quando isso acontece, a primeira dúvida que lhes vem a mente é se as Bíblias são todas iguais, e se não são, em qual confiar?

A resposta a esse questionamento é muito simples, mas, demanda alguns esclarecimentos. 

Primeiro, a bíblia é uma só. Não há 2 Bíblias, ou vários tipos de Bíblias, todavia, durante os anos de sua existências, algumas alterações lhe foram feitas, todavia, essas alterações somente foram aceitas por grupos isolados, ou seja, somente os grupos que a alteravam é que aceitavam suas alterações, o que por si só já demonstraria um grande equívoco.

A bíblia que hoje conhecemos e que tem sua formação iniciada desde os tempos de Moisés que escreveu seus primeiros escritos é formada por 66 livros:

- 39 livros compõe o Antigo Testamento

- 27 livros compõe o Novo Testamento

A bíblia com 66 livros utilizada pelas igrejas evangélicas ao redor do mundo é composta em sua primeira parte por 24 livros do Judaísmo, que são os 39 livros da Bíblia utilizada pelos evangélicos (Origem do Cristianismo), que chamamos de Antigo Testamento, e por 27 livros extraídos da igreja primitiva (primeiros séculos da Igreja de Cristo).

A Igreja católica, entre os anos de 1534 e 1539, através de seu Líder Papa Paulo III, determinou a inclusão de mais 6 livros na Bíblia, todavia, esses 6 livros novos não são aceitos por ninguém fora da Igreja Católica e a Ortodoxa, nem mesmo pelos Judeus que continuaram seguindo seus 24 livros (mesmos 39 da Bíblia evangélica, mas com ordem e divisões diferentes).

Os livros acrescentados por volta de 1539 foram: Tobias, Judith, Sabedoria, Macabeus I e II, Eclesiástico e Baruque, alem de acréscimos dentro do Livro de Daniel. Esses livros foram chamados de Apócrifos que significa "não inspirado e de procedência duvidosa."

Uma das coisas que mais chama atenção nessas alterações é que, a própria religião Judaica da qual Jesus é o cumprimento das profecias, possuem um conjunto de livros sagrados chamado Tanakho qual não possui os 6 novos livros admitidos pela igreja católica.

A Bíblia com 66 livros teve origem com Antigo Testamento mantido e conservado pelos Israelitas e traduzido para o grego no ano 285 A.C. 

Os primeiros Cristãos surgidos logo após a morte e ressurreição de Jesus utilizavam os livros do Judaísmo para comprovarem os sinais messiânicos de Jesus. Inclusive o primeiro sermão pregado por Pedro esteve todo embasado em uma profecia existente no livro de Joel, livro Judaico que profetizava o dia do Senhor. 

Nesse período histórico, o Novo Testamento passou a ser escrito pelos primeiros apóstolos. O Antigo Tetamento lhes era tão importante nesse processo (os livros 24 judaicos = 39 livros do Antigo Testamento da Bíblia utilizada pelos evangélicos), que seus textos aparacem 1.040 vezes no Novo Testamento. 

Tanakh Judaico, bem como a Bíblia utilizada pelos evangélicos mantém os escritos do período anterior ao nascimento de Jesus sem a adição dos 6 livros incluídos pelo Catolicismo, terminando seus escritos em Malaquias. Já no na Bíblia Católica o Antigo Testamento termina com 2 Macabeus (esse livro é visto apenas como história pelo Judaísmo).

Nos 6 livros acrescentados pela Igreja Católica em sua Bíblia, encontramos alguma posições totalmente contrárias a todo o restante da Bíblia, ou seja, discordantes do demais livros. Idéias como a doutrina do purgatório e das orações em favor dos mortos existentes nos livros acrescentados após 1530, contrariam todas as crenças Judaicas e as posições da Igreja primitiva, e é isso que os tornam inválidos como Palavra de Deus. 

Finalizando, tanto Católicos quanto Evangélicos e os Protestantes mantém um consenso sobre o Novo Testamento, aceitando tão somente 27 livros. Todavia, no Antigo Testamento, os evangélicos aceitam apenas 39 livros (o Tanakh Judaico), já o catolicismo aceita mais 6 livros introduzidos por eles por volta de 1.539 depois de Cristo.

Eu acredito e sigo apenas os 66 livros, rejeitando totalmente os 6 livros novos acrescentados no século XVI pela Igreja Católica. Minha Bíblia tem apenas 66 livros, e somente a eles que sigo. Os 6 livros católicos são vistos apenas como relatos para se compor a história da humanidade, afinal são documentos antigos, mas  não podem ser vistos como palavra e doutrina de Deus.

Lembre-se, uma boa tradução da Bíblia lhe ajudará entendê-la, e nunca se esqueça, pessoas mal intencionadas ou mesmo enganadas, ou ainda sem muita sabedoria ou conhecimento podem distorcer seus escritos, assim, faça opção por uma Bíblia com os 66 livros considerados inspirados por Deus. Um exemplo de linguagem equivocada é a tradução utilizada pelos Testemunhas de Jeová (só eles a utilizam), que, por suas interpretações e alterações inseridas no texto bíblico, fazem com que a Bíblia perca e altere seu sentido em muitas de suas passagens (contrariando o pensamento tanto católico quanto protestante).    

Informações adicionais:
De acordo com a tradição judaica, o Tanakh consiste de vinte e quatro livros. A Torá possui cinco livros, o Nevi'im oito e o Ketuvim onze. Esses vinte e quatro livros são os mesmos livros encontrados no Antigo Testamento protestante, mas sua ordem é diferente. A enumeração também difere: os cristãos contam esses livros como 39, pois dividem em vários títulos alguns livros que os judeus contam como um só. Os Antigos Testamentos católico e ortodoxo contêm seis livros que não estão incluídos no Tanakh.

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